A química do carbono
“Julio de Mesquita Filho”
Campus Bauru
“A QUÍMICA DO CARBONO”
Junho/2013
“A QUÍMICA DO CARBONO”
O carbono é o elemento mais importante da vida, ponto final. Claro, existem muitos outros elementos sem os quais não existiria a vida, mas, da coluna em espiral do DNA aos intrincados anéis e cadeias de esteróides e proteínas, o carbono é o elemento cujas únicas propriedades permitem tudo isso. O próprio termo “composto orgânico” refere-se exclusivamente aos compostos químicos que contém carbono. Sem contentar-se em ser a base de toda a vida na Terra, o carbono também forma o diamante, a substancia mais dura conhecida (ao menos até agora). Mas, ao contrário da crença popular, diamantes não são particularmente raros, ou extremamente belos e eternos. Todos os três mitos foram criados pela companhia de diamantes DeBeers. Não fosse pelo controle do monopólio exercido por essa companhia, os diamantes custariam um décimo do que custam. Cubos de zircônia ou carboneto de silício cristalino são tão belos quanto o diamante. E a altas temperaturas diamantes queimam em nada mais do que dióxido de carbono.
Se eu estivesse escrevendo essas palavras há cerca de 25 anos, provavelmente o faria com carbono. A “tinta” do lápis é, na realidade, o grafite, uma forma do carbono, descoberta no século XVI no distrito de English Lake na grande mina de Borrowdale, a primeira fonte de grafite puro.
Átomos de carbono gostam de formar folhas, como um favo de mel com um átomo de carbono em cada ponta. Junte as folhas e você tem o grafite. Dobre-os em esferas e você têm um C60 “buckyball”, nomeado em homenagem a Buckminster Fuller, que inventou a cúpula geodésica. Enrole as folhas em tubos e você tem o material mais forte conhecido pela ciência: os nanotubos de carbono. O carbono é agora fonte de controvérsia política, centrada no fato de que nossa civilização está lançando carbono de volta para a atmosfera em uma