A PSICOPEDAGOGIA NO BRASIL
Num contexto histórico onde o regime militar ganhava forças contra a democracia na America Latina, em meados de 1960, a psicopedagogia vem para o Brasil fundamentado pelos teóricos argentinos, que no seu isolamento, trabalhava silenciosamente no seu isolamento, não podendo expressar nem pela fala nem pela escrita. Foi assim que “marcada pela clandestinidade” (ANDRADE, 2004) chegou ao Brasil e permaneceu, “organizando enquanto práxis, mas excluída da academia” (IDEM).
Voltando no tempo, na década de 1950, a psicopedagogia teve seu início no Brasil, quando foi criado o ‘Serviço de Orientação Pscicopedagógica’ (SOPP), no extinto Estado do Guanabara, e tinha como objetivo “desenvolver a relação professor-aluno e criar um clima mais receptivo para a aprendizagem, aproveitando para isso a experiências anteriores dos alunos” (PERES, 1998, p.43).
Na década de 1970, as dificuldades de aprendizagem teriam como causa “uma disfunção neurológica não-detectável em exame clínico (DCM) (BOSSA, 2000, p. 48). Esta justificativa escondia a realidade, isentava o ensino público de qualquer responsabilidade diante da evasão e do fracasso escolar e, além disso, reforçava a situação de desigualdade de oportunidades no sistema educacional.
Na década de 1980, “começa a configurar uma teoria sócio-política a respeito do fracasso escolar, o problema de aprendizagem escolar passa a ser concebido como problema de ensinagem” (BOSSA, 2000, p. 48). Fazendo uma abordagem dos problemas de aprendizagem a escola é levada em consideração como um todo.
Assim por diante, nos próximos anos decorrentes, surgiram várias iniciativas de formação em Psicopedagogia. Em 1979, foi criado no Instituto Sedes Sapientae, o primeiro curso de especialização em Psicopedagogia no Brasil.
Atualmente existem vários cursos de especialização e Psicopedagogia por todo o país. A Associação dos Psicopedagogos de São Paulo, em 1980, e posteriormente a Associação Brasileira de Psicopedagogia, em