Psicopedagogia no brasil e no mundo
No mundo- As primeiras idéias sobre Psicopedagogia surgiram na França, por volta da década de 40, seguindo a tendência da Europa como um todo em se estudar as possíveis influências orgânicas no processo de aprendizagem e no sucesso escolar. Assim, médicos e educadores desenvolviam pesquisas conjuntas para a detecção de possíveis problemas de aprendizagem e para o planejamento de medidas de intervenção orgânicas e pedagógicas.
Seguindo esta tendência, foi inaugurado, em 1946, o primeiro “Centro Psicopedagógico”, que tinha como objetivo desenvolver um trabalho integrado entre médicos e pedagogos, voltado para crianças com problemas escolares e comportamentais. O nome “Centro Psicopedagógico” foi escolhido propositadamente, para que os pais das crianças consideradas portadoras de “problemas” encaminhassem os seus filhos com menos constrangimento, sugerindo que a consulta seria de caráter psicopedagógico e não médico. Esses centros se multiplicaram até o início dos anos 60, obtendo muito sucesso, em parte atribuído a um trabalho de equipe, composta por médicos, psicólogos, pedagogos, psicanalistas, dentre outros profissionais da área de saúde e educação. O trabalho consistia basicamente no diagnóstico dos problemas do aluno, baseado nas queixas de pais e professores.
No entanto, no final dos anos 60, esta forma de trabalho de caráter essencialmente clínico, começou a ser questionada pelos educadores, por acreditarem que esse tipo de atuação implicava num processo de rotulação dos alunos que eram encaminhados aos centros e por não concordarem com a intervenção realizada apenas em relação ao indivíduo, sem a preocupação com a análise do contexto sócio – educacional a que esses pertenciam. No ano de 1967, publica-se na França, um trabalho de uma dupla de pesquisadores, Vasques e Oury, afirmando que a medição, a observação e a testagem dos alunos individualmente, sem o conhecimento de sua atuação na escola é arriscado e,