A PRESENÇA DA HISTÓRIA SOCIAL DO TRABALHO NO AMBIENTE ACADÊMICO BRASILEIRO NAS ÚLTIMAS DÉCADAS
ACADÊMICO BRASILEIRO NAS ÚLTIMAS DÉCADAS
Silvia Regina Ferraz Petersen *
Agradeço muito o convite para participar desta mesa com os prezados colegas
Professores Michael Hall e Beatriz Mamigonian e escolhi para eixo da minha apresentação demonstrar que, apesar da aparência ou de afirmações em contrário, houve uma grande ampliação do campo da história social do trabalho no ambiente acadêmico brasileiro, especialmente nas últimas décadas.
Um dos sintomas deste crescimento, que já torna difícil realizar uma avaliação critica global desta produção, são os inúmeros balanços bibliográficos que vêm sendo publicados sobre o tema. Uma tentativa de síntese apenas desses balanços já seria uma tarefa bastante difícil, à qual renuncio pelo tempo dessa comunicação.
Pensei então abordar o tema a partir de outros indicadores que não são visíveis diretamente na análise bibliográfica, mas que a meu ver precisam ser incluídos para que se perceba a disseminação:
1- Vou iniciar apontando duas ambigüidades que a “história social do trabalho” apresenta, que nem sempre são percebidas e que me parecem preliminares a qualquer discussão sobre ela.
Primeiro, esta denominação não designa necessariamente uma abordagem herdeira da contribuição dos historiadores marxistas britânicos, como geralmente se imagina. Segundo,
“história social do trabalho” às vezes é um rótulo que se estende indevidamente a outras modalidades da história do trabalho.
2- Mesmo que tenha transferido para os balanços bibliográficos a responsabilidade de uma análise que não farei aqui, vou sinalizar algumas transformações ou tendências atuais da história social do trabalho no Brasil.
3- Em seguida, examinarei o crescimento do número dos artigos publicados sobre o tema na
Revista de História da USP e Revista Brasileira de História da ANPUH, escolhidas por sua importância dentre as similares no Brasil.
4- Abordarei Simpósios, Seminários,