A pesquisa sociolinguistica

700 palavras 3 páginas
Ao dar sequência ao estudo das variáveis sociolinguísticas, neste capítulo Tarallo trata do ponto de vista do informante, ou seja, qual o valor dado às variantes pelos próprios falantes do grupo. Ele cita o exemplo do estudo sobre a centralização dos ditongos em Martha’s Vineyard1, no qual os resultados mostram que na zona rural há a preferência pela forma não padrão (a centralização do ditongo)  pronunciação de house como [hәus] como uma marca de identificação local através de uma demarcação linguística.
Em relação à escolha entre as variantes, o pesquisador nomeia a parte do vernáculo como estilo espontâneo e a do não vernáculo como estilo de entrevista. O informante, ao ser entrevistado, tende a utilizar menos a forma estigmatizada, ou seja, tenta controlar a forma genuína com que produziria determinadas construções vernaculares próprias da região onde vive. O conhecimento e o contato com a comunidade pelo pesquisador podem levá-lo a estabelecer os fatores condicionadores não linguísticos e sua análise a uma projeção linguística das variantes estudadas. O pesquisador, ao submeter os informantes a testes, deverá pensar se esses testes serão de recepção ou de produção. Os testes de recepção expõem o informante a determinados usos de relativas não-padrão (pronome-lembrete e cortadora), às quais ele se manifesta sobre sua aceitabilidade, ou não. Nesse teste é possível determinar qual das variantes é mais estigmatizada. Já os testes de produção consistem em o informante produzir a variável, pois nesse momento optará por uma ou outra variante. Com isso é possível estabelecer os parâmetros de situações de comunicação naturais versus experimentais. Dentro da variabilidade e heterogeneidade da língua há possibilidade de sistematização que busca uma padronização, destacando-se a escrita. A conseqüência é formação de uma língua nacional. Tarallo faz um levantamento que avalia com que grau isso a variação entre forma padrão e não-padrão ocorre na mídia. Houve

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