a pesquisa sociolinguística (tarallo)
P 18: o modelo teórico- metodológico da sociolingüística parte do objeto bruto, não-polido, não aromatizado artificialmente.
O fato lingüístico é o ponto de partida e, uma vez mais, um porto ao qual o modelo espera que retomemos, sempre que encontramos dificuldade de análise.
P 19: a língua falada é o veículo lingüístico de comunicação usado em situações naturais de interação social, do tipo comunicação face a face.
A língua falada é o vernáculo: a enunciação e expressão de fatos, proposições, idéias (o que) sem a preocupação de como enunciá-los. Trata-se, portanto, dos momentos em que o mínimo de atenção é prestado à língua, ao como da enunciação.
Por conseguinte, a natureza do objeto de estudo sempre precederá o levantamento de hipótese de trabalho e, consequentemente, a construção do modelo teórico.
P 23 a narrativa pessoal é a mina de ouro que o pesquisador sociolinguista procura. O informante desvencilha praticamente de qualquer preocupação com a forma.
P 35: tal como proposto por Labov, a concepção e o alcance do modelo sociolingüístico são a um só tempo sincrônicos e diacrônicos: tanto a variação (situação lingüística em um determinado momento; sincronia) como a mudança (situação linguística em vários momentos sincrônicos, avaliados longitudinalmente; diacronia) linguisticas devem ser estudados.
Fatores extralingüísticos: a formalidade, a informalidade do discurso, o nível socioeconômico do falante, sua escolaridade, faixa etária e sexo poderão ser considerados como possíveis grupos de fatores condicionadores.a variação e a normalização lingüística:
P57: a língua falada é heterogênea e variável;
A viabilidade da fala é passível de sistematização. A língua falada é, portanto, um sistema variável de regras.
P 58 A língua portuguesa veiculada na escola é, um princípio, um reflexo da normatização.
A implantação da norma padrão traz como conseqüência imediata a unidade da língua nacional.