Lingua portuguesa
TARALLO, Fernando. A PESQUISA SOCIOLINGUÍSTICA. Editora Ática.
O autor inicia o livro “A pesquisa sociolingüística” apresentando os objetivos do livro que segundo ele propõe estabelecer possíveis maneiras de opor-se ao “caos” lingüístico. Compara o uso da língua a um campo de batalha entre as linguagens, propõe esta obra como um meio básico e facilitador de futuras análises para pesquisador da área, um dos objetivos é que o mesmo possa aprender e sistematizar variantes lingüísticas usadas por uma mesma comunidade. O modelo de análise apresentado pelo autor é denominado como “teoria da variação linguística”, um modelo teórico metodológico que admite o “caos” lingüístico como objeto direto. Ele diz que William Labor é o iniciador desse modelo teórico metodológico. Labor insistia que a variação da língua devia ser sistematizada.
Tarallo afirma que são comuns as formas lingüísticas em variação nas comunidades de fala. E as variantes (diversas formas de dizer a mesma coisa) em conjunto dão-se o nome “variável lingüística”. Inicia seus exemplos de variável lingüística usando a marcação de plural no sintagma nominal no português falado no Brasil compara esse estudo com exemplos das variações do espanhol. Enfatiza que essa pluralidade apresentada poderia ser sistematizada.
Diz o autor que as variantes de uma comunidade de fala compreendem um processo de concorrência, a variante padrão opõe-se a não-padrão, a conservadora a inovadora e a de prestigio a estigmatizada. Mas nem sempre a coincidência entre esses pares ocorrem.
A obra apresenta um estudo de Labor na cidade de Nova Iorque sobre o inglês falado na cidade, onde observou as maneira de pronuncia do fonema /r/ pós-vocálico, em seguida o estudo da variação lingüística da ilha de Martha’s Vineyard no Estado de Massachusetts, em 1963.
Assim como outras ciências o autor mostra que a lingüística tem sua teoria própria, ou seja, um método e um objeto específico de estudo. O vernáculo