A Pesquisa Educacional
Liana dos Santos Pereira¹
“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que fazeres se encontram num corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago. Pesquiso para conhecer. O que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade”.
(Paulo Freire, 1984)
Neste ano de 2008, completamos onze anos da morte do grande celebre educador brasileiro Paulo Freire, mas a sua sabedoria continua a nos inspirar pelo conhecimento que tinha sobre educação e pela capacidade de expressa-lo em suas obras. Freire destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno a serem críticos e reflexivos.
Sua Tonica fundamentalmente reside em matar nos educando a curiosidade, o espírito investigador, a criatividade.
Enquanto as escolas conservadoras procuravam acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que defendia tinha a intenção de inquietá-los.
Sendo assim a educação pela pesquisa visa à superação da racionalidade técnica, buscando uma racionalidade prática e reflexiva do saber. De um modo geral essa concepção de educação, prioriza a formação de indivíduos conscientes de sua realidade e atuantes em seu meio, distanciando-se da educação bancaria e visando a construção da autonomia do sujeito.
Esse é o caminho percorrido por muito tempo por grandes estudiosos e pesquisadores como Paulo Freire, Pedro Demo, Marli André e outros que vêm pregando a indissociabilidade entre ensino e pesquisa, e o caráter formador da atividade da pesquisa como elemento fundamental no processo de ensino aprendizagem. A necessidade de educar pela pesquisa