A onu e a crise de legitimidade
Os fatores que foram os causadores da crise da hegemonia explicam a crise da legitimidade, mas as duas crises devem ser distinguidas separadamente ainda que a crise esteja presente na outra.
A legitimidade das universidades tende a ser medido pelo seu conteúdo democrático e filosófico político que rege a sociedade democrática.
A sociedade moderna propunha produzir conhecimento apenas para jovens de classe que eram a pequena minoria. Esse conceito foi, porém mudando à medida que os trabalhadores começaram a lutar pelo sufrágio universal, direitos civis e políticos e pela distribuição da riqueza universal entre outros.
Estas lutas começaram a ter êxito a partir do século XIX um período de desenvolvimento capitalista, onde uma forma política muito mais democrática apostando em compatibilizar as exigências do desenvolvimento econômico com os princípios filosóficos políticos da igualdade, da liberdade e da modernidade.
A crise da legitimidade teve inicio durante o período de capitalismo organizado, e é em grande medida o resultado do êxito das lutas pelos direitos sociais e econômicos e os direitos humanos entre os quais se destaca o direito a educação.
Com esta crise as universidades passaram a produzir conhecimento não só para uma pequena classe, mas também para uma camada social muito ampla e heterogênea com vista a promover sua ascensão social sem perder o status.
O tipo de conhecimento produz também alterado uma vez que agora não se destinam apenas a classe social alta mais também a filhos de operários, pequena burguesia, imigrantes, mulheres e minorias étnicas.
A partir do momento que a procura da universidade passou a ser também a procura pela democracia e da igualdade de tal modo que a satisfação razoável da primeira não acarretasse a satisfação exagerada da segunda.
A partir da década de sessenta, os estudos sociológicos foram revelando que a massificação da educação não altera os padrões de desigualdade social.