A natureza da Igreja
Teologia Sistemática V
A Igreja - A Natureza da Igreja Teologia Sistemática de Louis Berkhof
Joaquim Caliman
São Paulo
2013
A Essência da Igreja.
Os cristãos primitivos já deram expressão à essência da igreja quanto falavam da igreja como communio sanctorum. No fim do segundo século, pelo fato de ocorrer o surgimento de heresias, fez com que fixassem os olhos em certas características da igreja como instituição externa por conta das questões sobre a verdadeira igreja. Desde Cipriano até a Reforma, a essência da igreja foi cada vez mais procurada em sua organização visível. Os pais da igreja entendiam que a igreja compreende todos os ramos da igreja de Cristo e que é entrelaçada numa unidade externa e visível, tendo seu laço unificador no colégio de bispos e com o tempo, essa concepção foi ganhando proeminência. Foi dada a crescente ênfase quanto à sua organização hierárquica, e nesta foi posto o selo definitivo com a instituição do papado.
A concepção ortodoxa grega
Já a concepção ortodoxa da igreja é estreitamente relacionada com a dos católicos romanos e, todavia, difere dela nalguns pontos importantes. Essa igreja não reconhece a Igreja Católica Romana como a igreja verdadeira, mas reivindica para si essa honra. Há somente uma igreja verdadeira, e tal é a Ortodoxa Grega. Conquanto reconheça com maior franqueza do que os católicos romanos os dois diferentes aspectos da igreja, visível e invisível, não obstante coloca a ênfase na igreja como organização. Ela vê a essência da igreja em seu caráter de comunidade dos santos, mas na hierarquia episcopal, que ela conservou, apesar de rejeitar o papado.
A Reforma foi uma reação contra o externalismo de Roma em geral, e em particular, também contra a sua concepção externa da igreja.
Ao falarmos da igreja várias concepções entram em consideração como a da igreja militante e a igreja triunfante, a da distinção entre