A Mulher No Esporte
O esporte é um grande fenômeno social da atualidade e que vem evoluindo muito nos últimos tempos já sabemos, porém no caso das mulheres, ele também foi e vem sendo um espaço de busca de igualdade de direitos e ascensão social.
As mulheres vêm transformando o mundo em que vivemos, trazendo mudanças de valores, de visão de mundo, de expectativas, na política, na religião, nos negócios e no esporte.
A mulher moderna quebra severas restrições impostas por antigos paradigmas e cada vez mais ganha espaço numa sociedade predominantemente calcada de valores masculinos, espaços estes que vem sendo consolidado também pela imagem propagada pela mulher no esporte (Freitas, 2002).
No cenário esportivo, a mulher foi considerada como uma usurpadora ou profanadora de um espaço consagrado ao usufruto masculino. O esporte, tanto como lazer ou com finalidades bélicas, unificou um conjunto de adjetivos que representam o mundo masculino: força, determinação, resistência e busca de limites (Rubio & Simões, 1999).
Crenças tradicionais prescreviam que o cansaço físico e a competição, derivados da prática do esporte, eram contrários à natureza da mulher que deveria ficar em casa tomando conta dos filhos. Este pensamento vem desaparecendo com a ascensão feminina, no entanto notam-se na população mundial e no Brasil resquícios destas idéias.
Em concordância com essa análise, no âmbito da prática corporal prevaleciam as restrições: tanto é que de 1941 a 1975 vigorava o Decreto-Lei 3.199, que estabelecia as bases da organização dos esportes no Brasil e incluía um artigo que colocava, "às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza" (Adelman, 2003).
Em toda história do esporte a mulher foi subjugada no que tange à conquista de seus direitos fundamentais de participação. A participação feminina cresceu ao mesmo tempo em que se acentuaram os processos de globalização do