A lógica social do consumo
BAUDRILLARD, Jean. A sociedade de consumo. Lisboa: 70, 1995. 213 p. ISBN 9724407764
A LÓGICA SOCIAL DO CONSUMO
A força ideológica nas sociedades modernas, pressupõe o mito da igualdade, onde toda a política e a sociologia, advém desde as Revoluções do séc. XIX, onde os cidadãos procuravam a felicidade. Com o consumo, as pessoas sentem felicidade, satisfação e bem estar. Já a noção de necessidade é solidária ao bem estar, na mística da igualdade. Conforme explica Jean Baudrillard:
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“A revolução do bem estar é a herdeira, a testamenteira da revolução burguesa ou simplesmente de toda a revolução que erige em princípio a igualdade dos homens sem a poder (ou sem a conseguir ) realizar o fundo. O princípio democrático acha-se então transferido de uma igualdade real, das capacidades, responsabilidades e possibilidades sociais da felicidade (no sentido pleno da palavra) para a igualdade diante do objecto e outros signos evidentes do êxito social e da felicidade. É a democracia do standing, a democracia da TV, do automóvel e da instalação estereofônica, democracia aparentemente concreta, mas também inteiramente formal, correspondendo para lá das contradições e desigualdades sociais à democracia formal inscrita na contituição. Servindo uma à outra de mútuo álibi, ambas se conjugam num ideologia democrátia global, que mascara a democracia ausente e a igualdade impossível de achar.”
Toda a sociedade, seja ela qual for o volume dos bens produzidos ou da riqueza disponível, se articula ao mesmo tempo sobre um excelente estrutural e sobre uma penúria estrutural.
No plano sociológico, não existe equilíbrio, uma vez que este contradiz, senão a lógica interna do estado de sociedade, pelo menos a organização social por toda a parte assinalada. Toda a sociedade origina a diferenciação a discriminação social e esta organização estrutural assenta, entre outros fatores na utilização e distribuição das riquezas.
O fato de uma