A linguagem dos sentimentos
DAVID VISCOTT
SUMMUS EDITORIAL
1982
SÃO PAULO
AGRADECIMENTOS
O Autor agradece a ajuda de Jayne Chamberlin na organização das notas preliminares para este original. E agradece, profundamente, a Donald Fine, seu orientador e editor, pelo cuidado e paciência que demonstrou ao trabalhar num livro dos mais difíceis.
NOTA DO AUTOR
Nossos sentimentos são nosso sexto sentido, o sentido que interpreta, organiza, dirige e resume os outros cinco. Os sentimentos nos dizem se o que estamos experimentando é ameaçador, doloroso, lamentável, triste ou alegre. Os sentimentos podem ser descri- tos e explicados de maneiras simples e diretas. Não há nada de místico ou mágico sobre eles. Os sentimentos formam uma linguagem bem própria. Quando os sentimentos falam, somos compelidos a ouvir - e às vezes a agir mesmo que nem sempre compreendamos o por que. Não estar cônscio' dos sentimentos de alguém, não compreendê-los ou não saber como usá-los ou expressá-los é pior do que ser cego, surdo ou paralítico. Não sentir é não viver. Mais do que qualquer outra coisa, os sentimentos nos tornam humanos. Os sentimentos nos tornam todos parentes uns dos outros.
Os sentimentos são nossa reação ao que percebemos e, por sua vez, eles cobrem e definem nossa percepção do mundo. Na verdade, os sentimentos são o mundo em que vivemos. Pelo fato de tanto do que sabemos depender de nossos sentimentos, ficando- à mercê das ondas, em sentimentos confusos ou indistin tament percebidos, somos esmagados por um mundo confuso.
Ao escrever este livro, meu objetivo foi o de êxpli 11 car a natureza dos sentimentos - o que eles significam, como funcionam, de onde procedem, e como compreendê-los e usá-los. A interpretação que aqui ofereço deriva tanto de meu treinamento e experiência na prática, assim como deriva de minha familiaridade comigo mesmo, de minha autocompreensão, a qual, malgrado incompleta, está ainda promissoramente se desenvolvendo. Desenvolvendo minha