A lingua de eulalia
EVOLUÇÃO DA POLÍTICA DE COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL
Até inicios da década de 30, a economia brasileira apresentava uma base asencialmente agrícola, já que a industrialização ainda era incipiente. A política comercial dessa época pode ser caracterizada como "modelo agroexportador", com abertura ao exterior e ausencia de barreiras ao comércio. A acumulação de capital se acelerou apartir desses anos, apresentando forte estímulo na época da II Guerra Mundial. Já, no pós-guerra, o país conseguiu aprofundar o seu desenvolvimento, chegando a montar uma considerável base industrial.
Tais políticas, conhecidas como "modelo nacional desenvolvimentista", se baseavam na proibição de importar certos bens, junto com a administração das taxas de câmbio, de forma a estimular a importação de bens de capital. No entanto, no período de pós-guerra, o comércio mundial passou a orientar-se progressivamente pela doutrina do livre comércio, preconizada pelas instituições criadas na conferência de Bretton Woods (1944), especialmente o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT). As principais nações industrializadas tentaram sempre desestimular a utilização de políticas protecionistas por parte das restantes nações, ja que sua principal preocupação foi sempre a de encontrar mercados compradores para suas manufaturas.Depois da Guerra, os países industrializados deveram dedicar-se à recontrução de sua infraestrutura produtiva (especialmente a Europa e o Japão), o que causou uma forte demanda de matérias primas e alimentos. Até meados da década de 50, os países industrializados não estiveram em condições de exercer grandes pressões nas diferentes intâncias de barganha diplomática.
A inícios da década de 70 tiveram lugar mudanças dramáticas no contexto mundial. A ampliação dos desequilíbrios no comércio dos países de maior expressão econômica, conduzeram à crise do sistema de Bretton Woods. A desvalorização do dólar (1971), provocou o surgimento da inflação a nível mundial. O resultado