a língua de eulália
A Língua de Eulália (BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália: novela sociolingüística / Marcos Bagno. 11 ed. 214 páginas – São Paulo: Contexto, 2001) é um livro que prende a atenção do leitor por trazer revelações de muitas curiosidades que temos sobre o linguajar de várias pessoas. Nele o leitor encontra também métodos de como aprender de uma maneira mais fácil, interessante e divertida.
O livro conta a história de um grupo de três jovens: Vera, estudante de Letras, Sílvia, estudante de Psicologia e Emília, estudante de Pedagogia. Elas saíram de São Paulo e foram passar férias em Atibaia, com destino à casa de Irene, tia de Vera. Lá trabalhava Eulália, que falava de um modo muito estranho. Às vezes pronunciava algumas palavras pela metade, trocava algumas letras e não formulava corretamente as frases. Ela tinha sido alfabetizada há pouco tempo, quando já estava mais de idade e tinha aprendido somente o básico. Já o modo como ela falava, era devido à sua cultura, por ter vindo de uma família do interior e humilde. Durante as férias, as jovens tiveram aulas à noite. Eram de variação lingüística, dadas por Irene. As alunas logo entenderam que a língua está em constante mudança e variação. Por isso, ela muda ao longo do tempo e também de acordo com a variação geográfica. Razão por não ser única. O que falamos possui raízes e descende de outras línguas de povos que vieram para o Brasil durante a colonização, motivo pelo qual algumas pessoas têm o falar caipira, pronunciam as palavras de forma variada ou encurtam-nas. Fato que não é leva a ignorá-las. Há diferenças entre o português padrão e o português não-padrão. Neste, as palavras são menos complexas e mais fáceis de serem ditas, e naquele são usadas na escrita ou em diálogos formais. O português não-padrão já se encontra nas variedades usadas por falantes cultos, mostrando mais uma vez que a língua está em constante mudança. Por isso, não existe o “certo”