A lingua de Eulalia
Irene começa a mostrar às meninas que cada cultura tem seu jeito próprio de falar, modos herdados de antepassados, ou mesmo dificuldade na língua (órgão) ao pronunciar certas palavras. Certas palavras consideradas erradas por alguns gramáticos, tem sua origem em outras línguas, como o latim e no caso da região nordeste do Brasil a influência dos franceses e holandeses que tentaram uma colonização em séculos passados. Os preconceitos citados nesse livro (racial, religioso, sexual e etc...) também são ligados ao uso da fala. O povo brasileiro não dá valor as nossas raízes, nossa cultura, só valorizando o que vem dos países de primeiro mundo. À medida que se vai avançando na leitura desse livro, vamos nos achando até patéticos por até agora só vermos a forma correta e impecável de falar o Português Padrão, aquele usado pelos acadêmicos. Mas vamos descobrindo que até em países de primeiro mundo como nos Estados Unidos, os negros têm um modo de falar diferente dos brancos, e aí entra o preconceito; são negros e por isso falam errado. O que fica claro no livro é que não existe um jeito certo ou errado de falar, mas sim heranças lingüísticas vindas de outros países e certas línguas, já consideradas mortas, como o Latim. No Brasil quem não fala o português acadêmico é considerado sem cultura. Mas felizmente alguns escritores estudiosos de línguas, estão lutando para