A leitura infanto-juvenil na formação do
Apresentamos o seguinte trabalho não com o intuito de revelar a verdade sobre a
Literatura Infanto-Juvenil, mas, sim, para descrever quão grande é o fascínio causado por meio da leitura, mesmo que seja momentâneo, e lembrar que a Literatura Infanto-Juvenil pode e deve influenciar na formação do cidadão, seja de forma crítica, social e até mesmo emocional. Em face de uma realidade não muito fomentada na leitura, em que pais mal cursaram o 4º ano primário, famílias para as quais a leitura não é o principal anseio, mas sim o alimento de cada dia, faz com que a tarefa torne-se concreta e desafiante, que torna-se cada vez mais urgente uma nova reflexão sobre a Educação e o Ensino, pois é nessa área que os novos princípios ordenadores da sociedade serão definidos, equacionados e transmitidos a todos, para que uma nova civilização se construa. Desde os anos 70 e 80, as experiências, debates e propostas para reformas educacionais vêm se multiplicando de maneira significativa, principalmente no âmbito da Língua e da Literatura. E com especial cunho polêmico na área da Literatura Infanto-Juvenil. Tal predominância pode até parecer absurda aos distraídos que ainda não descobriram que a verdadeira evolução de um povo se faz ao nível da mente, ao nível de consciência de mundo que cada um vai assimilando desde a infância. Ou ainda não descobriram que o caminho essencial para se chegar a esse nível é a palavra, ou melhor, é a Literatura.
É ao livro, à palavra escrita, que atribuímos a maior responsabilidade na formação da consciência de mundo das crianças e dos jovens. Apesar de todos os prognósticos pessimistas acerca do futuro do livro (ou melhor, da Literatura), nesta nossa era de imagem e comunicação instantânea, a verdade é que a palavra literária escrita está mais viva do que nunca. E, segundo Paulo Freire em seu livro “A importância do ato de ler”, parece já fora de qualquer dúvida que nenhuma outra forma de ler o mundo é tão rica e