Analise da literatura infanto-juvenil no Brasil
A literatura infanto-juvenil se consolidou no Brasil por volta de 1931, quando Monteiro Lobato fez uma releitura de Narizinho Arrebitado (lançado dez anos antes), o qual foi eleito livro obrigatório para escolas primárias. O pioneiro em literatura infantil lançou vários contos, despertando um publico que era estimulado ao hábito da leitura e não só se restringindo a obrigação da leitura pedagógica.
No Brasil, a história da literatura brasileira para a infância começou tardiamente. Com a implantação da Imprensa Régia, em 1808, começam a ser publicados livros para crianças. Com a idéia de que o hábito de ler era importante para a formação do cidadão, começam a sistematizarem-se os primeiros esforços para a consolidação dessa literatura indicada ao público infanto-juvenil. Mesmo com dificuldades como a carência de tradução e adaptação das obras provenientes da Europa, o mercado editorial infanto-juvenil começa a concretizar-se no Brasil.
Vários fatores foram responsáveis para que o mercado editorial se atentasse ao público infanto-juvenil:
Essa situação relaciona-se aos fatores sociais: a consolidação da classe média, em decorrência do avanço da industrialização e da modernização econômica e administrativa do país, o aumento da escolarização dos grupos urbanos e a nova posição da literatura e da arte após a revolução modernista. Há maior número de consumidores, acelerando a oferta; e há a resposta das novas editoras, motivando a revelação de novos nomes e títulos para esse público desinteressado. (Lajolo & Zilberman 1998: 47)
O Modernismo fez com que a incorporação do acervo popular junto a literatura infantil fosse disseminado na sociedade, mas nada impediu a adaptação de obras estrangeiras. Entre os séculos 19 e 20, professores e escritores brasileiros faziam as traduções. É preciso lembrar um importante fator para a proliferação das traduções de obras infanto-juvenis: a formação da infância brasileira após a década