A influência do desejo na relação do ensinar e do aprender
A INFLUÊNCIA DO DESEJO
NA RELAÇÃO DO
ENSINAR
E
DO APRENDER
Aluno: Dilson Guaraci da Cunha
Turma – NITEROI
Psicanálise e Educação
Dra. Jurema Izabel
Rio de Janeiro
Julho – 2011
A influência do desejo na relação do ensinar e do aprender
1 - Desejo
“Não empreendas um ensino sem antes ter motivado o desejo do aluno em aprender”.
Comênio (1592-1670)
Ensinar e aprender... Qual ser humano não vivenciou essa relação tão estreita, por mais singela ou provocante que tenha sido? Quem, estando de um lado dessa relação, não se viu de repente do outro? O que motiva as partes durante esse processo?
Muito embora a maioria de nós possa responder essas questões com relativa facilidade, não há dúvidas que um componente crucial, nem sempre claro, mas que sempre será o diferencial nesses momentos é o desejo. Consciente e também inconscientemente, esse elemento é a mola propulsora nesse decurso, cujo objetivo na maioria das vezes é desconhecido ou ignorado pelo próprio sujeito, que diremos do outro.
A presente dissertação não tem pretensão de encerrar um assunto tão vasto e com tantas variantes, ou ainda lançar luz sobre algo desconhecido ou novo, muito menos identificar-se como simplista. Trata-se apenas de um ponto de vista, ou um mapa de mundo sob determinada ótica, visto que é apenas uma percepção dentro de um universo repleto de multiplicidades concebíveis.
Para fundamentar e alicerçar os pensamentos aqui expostos, fazem-se mister inicialmente algumas considerações acerca do termo capital e sobre o qual esse trabalho irá gravitar: Desejo.
Filosoficamente, o desejo é uma tensão no sentido de um objetivo como fonte de satisfação. Para a Epistemologia é um estado mental de quem deseja que alguma coisa ocorra no mundo ou deseja certa coisa ou objeto. (
Na rede virtual encontram-se definições diversas, tais como: apetite