A INFLUÊNCIA DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE ACREDITAÇAO EM HOSPITAIS
1. INTRODUÇÃO
A problemática da infecção hospitalar ocupa posição de destaque na medicina atual, exigindo avaliação epidemiológica atualizada, tendo por objetivo ao menos minorar a disseminação de doenças infecciosas adquiridas em hospitais, os prejuízos da infecção hospitalar transcendem os hospitais passando da pessoa do paciente e atingindo a população como todo. As Normas de Acreditação Hospitalar determinam que o controle da infecção hospitalar encontra-se como um dos requisitos mínimos da acreditação. Sendo que, para a maioria dos hospitais nacionais, a existência deste fator ainda está longe de ser uma realidade
(ESPÍNDOLA, K. K. L., et al., 2008).
Alguns autores definem acreditação como um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde. Um sistema voluntário, periódico e reservado, que tende garantir a qualidade da assistência através de padrões previamente aceitos. Os padrões podem ser mínimos ou mais elaborados e exigentes, definindo diferentes níveis de satisfação. Desta forma, a acreditação é um importante instrumento para se avaliar e acompanhar a qualidade dos serviços prestados (GASTAL, F. L., et al., 2004).
O processo de acreditação tem ligação direta com a gestão hospitalar, uma vez que busca a excelência como parte da qualidade na prestação de seus serviços.
Vale destacar também que a acreditação hospitalar no Brasil é uma experiência recente. Em 1989, a Organização Mundial da Saúde iniciou o trabalho com a área hospitalar na América Latina, adotando tema abrangente que envolvia a qualidade da assistência. A acreditação passou a ser vista como elemento estratégico para desencadear e apoiar iniciativas referentes à qualidade nos serviços de saúde
(FELDMAN, L. B., et al., 2005).
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a partir da década de 80, realizou varias reuniões com a participação de boa parte dos países latinoamericanos com o objetivo de aperfeiçoar os serviços hospitalares