A influencia do positivismo na educação brasileira
Como vimos, a filosofia positiva tem um caráter pedagógico muito grande, pois além de procurar reorganizar a sociedade através do estudo da ciência positiva também busca no ensino científico o suporte para que as ciências especializadas se desenvolvam. Deste modo, a área da educação foi, sem dúvida, a que mais recebeu a influência do positivismo. Seus seguidores pregavam a liberdade de ensino, provavelmente como uma forma de reação ao tipo de educação jesuítica predominante na época. Com isso, ao mesmo tempo em que as escolas particulares confessionais exerciam uma ação contrária ao positivismo, conseguiram graças à atuação positivista a abertura do mercado brasileiro. São as escolas livres, como as de Direito e a Politécnica e as escolas e academias militares que se destacam pela formação de grande número de positivistas brasileiros. Deste modo, a criação de escolas técnicas esteve associada a uma orientação positivista, que via no ensino científico a base de uma educação racional, enquanto as instituições religiosas dedicaram-se a uma educação humanística, além da ação pessoal de alguns positivistas nos diversos estabelecimentos de ensino, com destaque para a Escola Politécnica, Colégio Pedro II, Escola Militar do Rio de Janeiro, Colégio Militar, Escola Naval do Rio de Janeiro, Escola de Medicina, Escola Livre de Direito do Rio de Janeiro e Instituto Lafayete, encontramos a influência do positivismo também nas reformas de ensino elaboradas por Benjamin Constant, em 1890, e pelo Ministro Rivadávia Correia, em 1911.
A Reforma Benjamin Constant rompeu com a tradição humanista clássica e a substitui pela científica, de acordo com a ordenação positivista de Comte (Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia, Sociologia e Moral). Entretanto, não foram eliminadas as disciplinas tradicionais, Latim e Grego, apenas se acrescentou ao currículo anterior o estudo das disciplinas científicas, tornando o ensino