A importância do psicopedagogo no diagnóstico do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (tdah)
Éverton de Oliveira Miranda[1]
A literatura especializada aponta que o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é fundamentalmente clínico, com base em critérios operacionais claros e bem definidos, provenientes de sistemas classificatórios como o CID-10 e o DSM-IV. Além da necessidade, em muitos casos, de avaliações complementares realizadas por especialistas de áreas distintas, como o psicopedagogo, por exemplo. Sendo assim, este artigo, através de uma pesquisa bibliográfica, procura discutir o papel do psicopedagogo neste diagnóstico, como um articulador entre as distintas áreas de conhecimento envolvidas neste diagnóstico. De acordo com a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade): É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade (2011).
Entretanto, sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade podem ser sintomas comuns a muitos outros problemas ou diagnósticos (ROHDE et al., 2000). Segundo o mesmo autor (2000), para o diagnóstico do TDAH, é necessário que se leve em conta a história de vida do indivíduo, e é importante, também, não se restringir ao número de sintomas apresentados e sim o grau de comprometimento associado aos mesmos. O diagnóstico do TDAH é fundamentalmente clínico, com base em critérios operacionais claros e bem definidos, provenientes de sistemas classificatórios como o CID-10 (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE, 1993) e o DSM-IV (ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA, 1994). Porém, o diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade deve envolver também avaliações complementares com outros profissionais.