COMO AJUDAR O ALUNO COM TDAH
9 de dezembro de 2012 às 14:39
Ele é impaciente, não presta atenção, não segue instruções, é esquecido e ainda contamina toda a classe com sua impulsividade. Reconheceu esses sintomas em alguns de seus alunos? Pode ser que ele seja um portador do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), ou não. O diagnóstico não é tão simples e deve ser feito por um médico. O TDAH é uma das doenças psiquiátricas mais comuns na infância e frequentemente persiste até a idade adulta. A prevalência do transtorno é de aproximadamente 5,29% na população, segundo estudos, com predomínio no sexo masculino. De acordo com o médico psiquiatra Carlos Renato Moreira Maia, pesquisador do Programa de Déficit de Atenção e Hiperatividade (ProDAH) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o TDAH é caracterizado por sintomas de falta de atenção e/ou hiperatividade e impulsividade , que causam prejuízos ao indivíduo em ao menos dois ambientes – em casa e na escola, por exemplo. Maia explica que o diagnóstico do transtorno é clínico, ou seja, é baseado na descrição dos sintomas relatados pelo indivíduo, seus pais ou outras pessoas de seu convívio, professores e educadores. “Conforme o Manual de Diagnóstico e Estatística – IV Edição (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiatria, são necessários seis sintomas de desatenção e/ou seis sintomas de hiperatividade/impulsividade. Para que se estabeleça o diagnóstico de TDAH, esses sintomas devem ser mais frequentes e severos do que o esperado para a faixa etária do indivíduo”, observa o médico, mestre e doutorando em Psiquiatria e especialista em Psiquiatria da Infância e Adolescência. Além disso, continua Maia, é necessário que tais sintomas estejam presentes antes dos 7 anos de idade, causando prejuízo à criança em dois ou mais ambientes, e que não sejam justificados por algum outro transtorno mental. “É importante destacar que não existem exames que estabeleçam o diagnóstico, como exames de sangue,