A IGREJA E A COLONIZAÇÃO DO BRASIL
RELAÇÃO DA IGREJA NA COLONIZAÇÃO DO BRASIL
A Igreja e a Colonização
Ao lado do Estado europeu, a Igreja Católica ocupou uma posição de destaque na colonização americana. O espírito cruzadista, típico do período medieval, que esteve presente nos grandes empreendimentos marítimos, reapareceu na Época Moderna, confundindo-se com a própria missão colonizadora. Razão pela qual a conquista da América está sempre relacionada, desde o seu início, a dois signos da civilização cristã européia: a cruz e a espada.
A Igreja, representada pelas várias ordens religiosas - jesuíta, carmelita, dominicana e beneditina, entre outras - esteve presente no Brasil especialmente com a ação da Companhia de Jesus, participante de nossa História desde o momento em que Portugal assumiu diretamente a empresa colonizadora.
A Contra-Reforma e a companhia de Jesus
No século XVI, a unidade cristã européia foi quebrada com o movimento da reforma protestante. Com a rápida expansão das doutrinas protestantes de Lutero e Calvino, a Igreja Católica reagiu com o Concílio de Trento, que, além da reforma interna, procurou criar instrumentos de combate ao protestantismo. Nessa medida, foi instituída a Congregação do Índice, proibindo a publicação de obras contrárias à doutrina católica, e restabelecido o Tribunal da Inquisição, destinado a perseguir e condenar os inimigos da fé católica.
Nesse quadro, o espanhol Inácio de Loyola criou, em 1534, a Companhia de Jesus, uma nova ordem religiosa com o objetivo de servir e de lutar pela Igreja Católica Apostólica Romana. Portanto, os jesuítas - soldados de Cristo - através da catequese e da educação, serviriam à ação da Contra-Reforma, compensando as perdas do catolicismo na Europa com a conversão das populações nativas do Novo Mundo.
A presença dos Jesuítas no Brasil
A chegada dos primeiros jesuítas ao Brasil data de 1549, quando, liderados por Manoel da Nóbrega, acompanharam Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral.