A história social de roma - géza alfoldy
Géza Alfoldy
5. A Organização Social do Alto Império
Condições Antigas e Novas
Durante os dois primeiros séculos do Império não houve significativas transformações sociais em Roma, sendo que a hierarquia se manteve a mesma dos tempos da República. Foi neste período que Roma alcançou sua extensão máxima.
Transformações
As principais transformações foram a anexação das Províncias junto ao Estado de modo que grande parte da população destas Províncias ganharam cidadania romana e a implantação da monarquia como forma de governo. Tais transformações estavam sendo preparadas já desde os tempos finais da República.
Economia
Após o séc. I d.C., a economia romana estendeu-se a maior parte das regiões conquistadas de modo que a Península Itálica deixou de ser a região mais relevante economicamente no Império. Novas técnicas de cultivo foram adotadas nas províncias aumentando a produtividade de gêneros alimentícios. Algumas regiões, como é o caso da Hispânia, contavam com solo rico em minerais e foram exploradas. Outras ainda produziam cerâmicas; comercializadas. A estrutura econômica, no entanto, permanecia inalterada quanto aos moldes da República, de modo que a agricultura representava papel central. Sendo assim, nove décimos da população romana viviam através da agricultura.
Pré-Capitalismo
Segundo Alfoldy, Roma apresentava características que poderiam tê-la transformado em uma sociedade pré-capitalista. Possuía inúmeras fontes de matérias-primas, mão de obra abundante constituída por trabalhadores assalariados, moeda única, sistema bancário e de créditos e conhecimentos tecnológicos. Contudo, faltava uma condição que no séc. XVIII desencadeou a Revolução Industrial; um extenso mercado consumidor.
Imperador
O imperador romano dispunha de poder ilimitado sendo que não havia nenhum outro poder no Estado que pudesse fazer frente ao seu. Sua amizade era muito importante para aqueles que seguiam