A história da Loucura
" o conceito básico de loucura varia pouco, da antiguidade até o presente: ela é a perda da autonomia psicológica (implicando perda de liberdade e do autogoverno), seja porque a razão se perde ou se perverte, seja porque a força do apetite atropela o controle racional do comportamento". Foucault foi o primeiro a estudar a loucura. Para ele, a razão e a loucura são forças que se integram, complementam e se fecundam reciprocamente. "Loucura e sensatez, razão e desrazão, se aliam na experiência humana." (MUSSEL). Foucault, juntamente com Descartes, fez o primeiro corte radical entre a loucura e a razão. De acordo com eles, não exite dúvida na loucura - o sujeito que duvida não pode estar louco. "O eu que conhece não pode estar louco, assim como o eu que não pensa não existe. Excluída pelo sujeito que duvida, a loucura é a condição de impossibilidade do pensamento" ( Discurso del método. Meditaciones metafísicas. Correspondencia. Barcelona: Biblioteca Universal del Vírculo de Lectores, 1995, p. 61.) Neste momento, com o surgimento do Renascimento, todos aqueles que não utilizavam-se da razão para chegar a verdade, eram literalmente excluídos da sociedade e colocados no Hospital Geral. Não eram diferenciados os loucos dos mendigos, vagabundos, libertinos e bandidos - todos eles faziam parte do erro. Esses hospitais não se propunham a função