A historia da loucura
Enquanto fenômeno psicossocial acompanha o homem em sua trajetória histórica. A loucura é um fenômeno tipicamente chamado, pois é somente quando afetado que o sujeito põe em questão seu ser constituindo as psicopatologias. Também passou a ser considerada apenas com relação à razão, pois, o movimento de referência recíproca, uma fundamenta a outra. Sendo assim a loucura passa ater sentido no próprio campo da razão, fica designada como um momento essencial de sua própria natureza, percebendo agora que a loucura, “a verdade da loucura é ser interior à razão, ser uma de suas figuras, uma força e como que uma necessidade momentânea a fim de melhor certificar-se de si mesma” (Foucault, 1997).
No século XVII, o internamento não era um estabelecimento médico, mas uma estrutura semijurídica que, além dos tribunais, decide, julga e executa. Na organização das casas de internamento, portanto, não se tinha presente nenhuma idéia ou liderança médica. Na organização das casas de internamento, portanto, não está presente nenhuma idéia ou liderança medica. A internação, portanto, é uma criação institucional própria ao século XVII e assume um sentido inteiramente diferente da prisão na Idade Média. É, assim, de uma invenção e não de uma evolução que Foucault trata. De um evento decisivo que rompe e modifica o sentido anteriormente reservado ao internamento. Um evento importante para a própria loucura, que agora é percebida no horizonte social da pobreza, da incapacidade para o trabalho e da impossibilidade de integrar-se ao grupo, modificando o seu sentido drasticamente. Nasce, assim, uma nova sensibilidade em relação à loucura, na qual esta é arrancada de sua liberdade imaginária tão presente na Renascença e se vê reclusa pelo internamento e ligada à Razão e às regras da moral.
Hipócrates foi a primeira pessoa a ver a loucura de uma forma orgânica. Para ele a loucura tratava de um desequilíbrio entre os quatros humores ( bílis amarela, verde,