Historia da Loucura
Toda sua narrativa começa com a disseminação da lepra através das cruzadas que trouxe do Oriente, principal foco de contaminação da doença que começou a se espalhar rapidamente por toda a Europa. Inúmeros estabelecimentos precisaram ser construídos para abrigar tanta gente.
Com falsas idéias e muita hipocrisia, a Igreja afirma que, embora afastados da Igreja e das outras pessoas, os leprosos não estão afastados de Deus. É preciso que tenham paciência, para que, assim, o lugar no reino dos céus lhe seja garantido.
Com o fim da lepra, a estrutura onde o leproso era mantido permanece, e será para sempre um local de exclusão, onde outros excluídos serão encaminhados e esperarão a “salvação”.
As pessoas acometidas de lepra, doenças venéreas e loucura representam os excluídos da sociedade (Foucault, 1972, p.6) que necessitam com urgência desaparecer da visibilidade das pessoas, carregando a marca da discriminação e exclusão.
Na Renascença, os loucos eram colocados em barcos e navios e carregados para cidades longe das suas em busca da razão. A terra do louco se limita á distância entre ambas as terras, a que foi sua e a que nunca será. Dessa forma, a água simboliza esta aterritorialidade com a qual a loucura será presenteada pelo ocidente. O louco não tinha chão, ou tinha água em volta de si, ou tinha grades. (Foucault, 1972, p.12).
A loucura passa a ser tema principal da literatura, do teatro, enfim, das artes como um todo. Neste espaço o louco não é visto mais como uma figura boba, e sim como detentor da verdade (Foucault, 1972, p.14).
Na Idade Média, a loucura divide sua soberania com mais doze faquezas da alma humana, como luxuria, discórdia e