Expansão marítima e comercial europeia
A expansão marítima e comercial foi a solução para a crise econômica que afetava continente europeu naquele momento, pois superou os pontos de estrangulamento que impediam o crescimento da Europa. Esta que é um continente pequeno, com poucos recursos naturais e população crescente, para que não ficasse a mercê de suas carências, teve que empreender um projeto de grandes dimensões econômicas. Em sua elaboração, requereu uma reunião de recursos humanos e financeiros que somente o Estado poderia realiza-la, razão pela qual o pioneirismo na centralização política determinará também a primazia do intento. Por isso, Portugal e Espanha tiveram uma grande atuação no momento e levaram as maiores vantagens. Outros fatores que também contribuíram para o pioneirismo ibérico foram: aquisição de técnicas, a experiência marítima comercial e a posição geograficamente estratégica e privilegiada. Comparando Portugal e Espanha, o primeiro levou mais vantagens, já que é um país atlântico com vasta experiência em navegação pesqueira e comercial em rotas entre o Mar do Norte e cidades italianas. Além disso, desde cedo investiu no norte da África, conquistando Ceuta em 1415. A empresa marítima coordenada pelo Estado trouxe uma contrapartida de direitos ao monopólio sobre as terras conquistadas e os atos de comércio praticados, que geralmente foram entregues a particulares mediante o pagamento de tributos. Seu êxito assegurou a concentração da riqueza pela via do entesouramento, o prestígio militar e o fortalecimento diante dos concorrentes. O Estado coordenou a expansão marítima em atenção aos interesses dos grupos que o sustentaram. A burguesia auferiu metais e mercadorias capazes de aquecer a balança comercial. A nobreza tem seus interesses voltados para as terras e os privilégios reais decorrentes de um reino externo e com forte tesouro. A Igreja, frustrada, submeteu-se ao Rei, porém preservou inúmeros privilégios e descortinou a