Historia da loucura
Inicialmente, na Grécia Antiga, pode-se afirmar que a experiência da loucura não era tida de forma negativa ou como doença, pelo contrario, ela era vista de forma positiva, sendo considerada um privilegio. A loucura era tida como divina, vê-se tal fato pela forma como Sócrates e Platão a chamavam, utilizando a mesma palavra “manike” para designar tanto ao “divinatório” quanto o “delirante”, alegando que era através dos delírios que alguns privilegiados poderiam acessar verdades divinas. (Pelbart, 1989).
Durante os séculos XVII e XVIII, Foucalt (1972) o descrevem como sendo o período da Grande Internação, onde a incapacidade de trabalhar levar os loucos, juntamente com outras pessoas excluídas da sociedade como: mendigos, criminosos, velhos, a ocupar o lugar nos antigos leprosários, onde permaneciam neste local ate a morte.
Quanto a hospitalização, esta não possuía função medica, detinha um papel de reclusão, cujo objetivo era de promover a ordem social. Os pacientes não contavam com assistência social. Assim os denominados loucos passaram a se diferenciar das outras pessoas pois não possuíam capacidade para seguir ritmos da “vida normatizada”, o que reforçava ainda mais a necessidade de exclusão e reclusão dos mesmos. (Foucalt, 1972).
Já nos séculos XVIII e inicio do século XIX, passou-se a um novo conceito psiquiátrico devido aos médicos Willian Tuke e Philipe Pinel (considerado o pai da Psiquiatria), onde a proposta seria a chamada “humanização dos pacientes”. Tirou-se as correntes dos pacientes, e foram introduzidas algumas praticas terapêuticas nos tratamentos. Porem isto deu lugar ao saber medico como absoluto, o que resultou em punições, isolamentos e servidão, comportamentos que eram