A grade de ferro
Ana Paula Silva Oliveira2
PUC-Campinas, UNIVÁS
Resumo
A proposta deste artigo é refletir a respeito da comunicação voltada para os setores excluídos da sociedade por meio da análise do documentário O Prisioneiro da Grade de Ferro(autoretratos)dirigido por Paulo Sacramento. O filme coloca em discussão o sistema carcerário brasileiro a partir de depoimentos de presos e tem como cenário a Casa de Detenção do Carandiru, um ano antes de sua desativação.
Palavras-chave: Comunicação e cidadania, documentário, prisão, Carandiru, memória
Introdução
O objetivo deste artigo é refletir a respeito da comunicação voltada para os setores excluídos da sociedade. Para isso, é feita a análise do documentário O Prisioneiro da Grade de Ferro(autoretratos). A partir de relatos de presos, o filme discute o sistema carcerário brasileiro e tem como cenário a Casa de Detenção do Carandiru, um ano antes de sua demolição. Ganhador de vários prêmios 3 foi produzido a partir de uma oficina de vídeo e som, realizada durante sete meses. Por meio desse trabalho, foram ensinadas aos detentos as técnicas de captação de imagens, sons e roteirização para cinema.Os principais objetivos são: analisar o processo de construção da “voz” da comunidade carcerária e compreender a relação entre representação e memória. Como referencial teórico são utilizados os estudos de Bill Nichols(2001) sobre “voz” dos documentários, as considerações de Walter Benjamin(1994) sobre o narrador e as discussões propostas por Michael
Pollak para entender o filme como suporte da memória.
“Fatos Reais, Verdadeiros e Verídicos”
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Trabalho apresentado ao NP Comunicação para a Cidadania, do VI Encontro dos Núcleos de Pesquisa da Intercom.
Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, jornalista, professora da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas e da
Univás- Pouso Alegre(MG), graduanda em Ciências Sociais pela PUC-Campinas.,