resenha do documentário prisioneiro da grade de ferro
FONTE: documentários “O prisioneiro da grade de ferro” e “Documentário lotado”
Os filmes abordam a situação de superlotação dos presídios Carandiru e do Rio de Janeiro.
Demonstram claramente a situação de como são tratados os presos durante o tempo de seu encarceramento, digo tratados não somente pelos agentes, diretores de presídios e funcionários diretamente ligados ao preso, mas pelo Estado que os mantém, durante o tempo que permanecem cumprindo pena estabelecida pelo poder judiciário em locais sem as mínimas condições de suprirem necessidades básicas de um ser humano, como higiene, acomodações, saúde.
Os apenados, que foram encaminhados para os presídios, são encaminhados para lá por uma determinação judicial com o intuito de permanecerem isolados da sociedade durante um espaço de tempo onde deveria trabalhar suas emoções, fazer uma crítica de seus atos delituosos e trabalhar sua ressocialização, mas como ressocializar alguém em um ambiente onde esta pessoa não tem seus valores, nem mesmo os básicos respeitados como ser humano, não tem direito à saúde, não tem direito a uma convivência sadia com seus pares, não é incentivado a sua escolarização?
O espaço físico apresentado nos documentários são muito semelhantes à masmorras da época medieval, com pessoas empilhadas.
A convivência apresentada é a que obedece as regras dos presos, onde o mais forte, mais poderoso submete os menos favorecidos as suas vontade e regras, onde o não cumprimento das regras leva à castigos físicos ou até mesmo a morte. Regras essas utilizadas por estes “patrões” nas comunidades onde residem no mundo lá fora. Como explicar para alguém que não tem nem ao menos seus direitos básicos como cidadão respeitados que o delito por ele cometido é errado e deve ser revisto seus conceitos pessoais, se nem mesmo o Estado respeita sua função enquanto garantir-lhe sua integridade física? Onde o Estado descumpre até mesmo a Constituição Federal