O prisioneiro da grade de ferro - resenha
A crítica se estende ainda às péssimas condições de vida a que os presos são submetidos. Os problemas mais mostrados no longa são a precariedade das celas e a falta de atendimento médico aos detentos. Trata-se de condenados por homicídios, roubos, estupros mas, acima de tudo, seres humanos como qualquer outro e merecem condições de vida no mínimo aceitáveis. O filme mostra o descaso por parte das autoridades governamentais, que só se preocupam em aumentar as vagas nos presídios, mas não em melhorar suas condições.
Em alguns momentos Sacramento cede suas câmeras para os próprios detentos produzirem imagens de suas atividades diárias e de como conseguem sobreviver dentro do Carandiru. Antes das filmagens foi realizado um curso de vídeo dentro do presídio para que os detentos pudessem contribuir na produção do documentário. Obviamente as imagens não são as melhores, devido à falta de experiência dessas pessoas nesse tipo de atividade, mas é admirável a ação do diretor de dar essa oportunidade aos presos de ter um novo conhecimento. Um dos presos, inclusive, se justifica pela sua falta de destreza ao manusear a câmera, dizendo que é apenas um amador. O que torna esse documentário interessante é a realidade com que é retratado o cotidiano dos aprisionados no Carandiru. Sacramento fez questão de exibir os dois lados da prisão, o bom e o mau. O lado bom é a forma com que os presos