a gastronomia na idade media
Com a queda de Roma em 476, inicia-se a Idade Média (IM), que tem como modelo econômico o Feudalismo e pode ser dividida em Baixa Idade Média e Alta Idade Média. È a tomada de Constantinopla que marca o fim desta Idade, em 1453. È no feudalismo que o clero e a nobreza detêm a propriedade rural e as mantêm a custa da exploração do trabalho servil, como sempre com muitas obrigações, proibições e pouquíssimos direitos...
A economia deste período pode ser resumida em agrária, de subsistência.
Foi nas Corporações de Ofício que padeiros, cozinheiros, açougueiros e charcuteiros se encontravam como artesãos da gastronomia!
A questão religiosa é deveras importante quando se estuda a IM, ainda mais quando o foco é a gastronomia. Por que? Simples, era o clero que detinha o conhecimento filosófico, científico, teológico, etc muito por ter acesso a livros e incentivar o estudo (mas só entre eles...). Enquanto o povo só tinha acesso ao conhecimento empírico. E como saber é poder, a Igreja era muito, mas muito poderosa.
Era também para os padres e monges que ordenavam camponeses a cultivar hortas e pomares, criação de animais, refinamento dos queijos e a produzirem bebidas para, nos coventos e abadias poderem se fartar em banquetes e trocarem receitas!
Algumas curiosidades gastronômicas do clero medieval:
A gordura era substituída por óleo de oliva
Cerveja era considerada milagrosa
Vinho era remédio (não da alma!)
E a nobreza? Esta também se fartava em banquetes, mas o que a diferenciava da cozinha menos abastada era a quantidade (quanto mais se come, mais poderoso é) e a presença de carnes, muitas vezes exóticas! Novos utensílios vão aparecendo como o fogão, grelha, caçarola, frigideira. Fritura, grelhados, cozidos são formas comuns de cocção.
Principais diferenças entre Alta Idade Media e Baixa:
“Na Alta se dá continuidade dos processos de despovoamento, regressão urbana, e invasões bárbaras iniciadas durante a Antiguidade