Idade Média e Gastronomia
Na Idade Média, período de senhores feudais e servos em que a Igreja era poderosíssima, foram os monges que, com o conhecimento herdado dos romanos, cultivaram uva, maçã e malte para o vinho, a cidra e a cerveja respectivamente. Desenvolveram também a jardinagem, exploraram minas de sal, praticaram a pecuária, curtiram o couro e aprimoraram a conservação de alimentos. Eram os monges ainda que se ocupavam da fabricação do pão. (LEAL, 1998, p. 30)
Juntamente a essas atividades, desenvolvia-se a pesca no Oceano Atlântico, especialmente, do arenque que era salgado e vendido. Na Idade Média o peixe foi um alimento largamente consumido pois, além de barato, era muito presente na dieta dos cristãos que não comiam carne em diversas datas especiais. Era comum em mosteiros e castelos de ricos viveiros de salmões e trutas.
Abusava-se, nesta época, de temperos e especiarias como pimenta, noz-moscada, gengibre, canela, cravo, sementes de girassol, cominho, hortelã, cebolinha, anis e açafrão. Grande parte destas especiarias foi trazida pelas Cruzadas européias ao Oriente. As frutas mais abundantes eram maçãs e pêras.
Nas festas, vitelas, cabritos, veados e javalis eram servidos com aves como cisnes, gansos, pavões, perdizes e galos. Comiam-se frutas frescas antes da refeição e salgadinhos e doces entre um prato e outro.
No século XIII com a redescoberta dos guisados – haviam sido deixados de lado com o advento das grandes lareiras na Idade Média –, os molhos começaram a ser mais utilizados, elaborados com pimenta e açúcar. Salsicha, vinagre, mostarda, caldeirada de lebre, feijão com carneiro, alcachofra e caldeirada de peixes de água doce são exemplos de comidas deste período.
Entre os povos do Oriente, nesse mesmo momento de Idade Média, os ricos comiam sempre carneiros, tâmaras, berinjelas, iogurtes, sorvetes e melões. O vinho, sendo proibido pelo Islamismo, fez com que os orientais bebessem muito café doce