A função do pai
Palavras-chaves: pai em psicanálise, Pai Real, Pai simbólico, Pai Imaginário.
Para a psicanálise o pai é agente da paternidade comum, e ele se mostra com um operador simbólico a-histórico, ou seja, não está subordinado à ação histórica em seu sentido cronológico.
Trata-se de um pai encarnado, com um sentido simbólico, que ordena a função. Esse pai simbólico é universal e é ele que estrutura nosso ordenamento psíquico e especifica a identidade sexual do indivíduo.
O pai age como um diplomata, como um governo, assumindo sua autoridade diante da mãe e do filho. Contudo, o autor ressalta que nenhum pai é detentor e fundador da função simbólica que representa, mas sim é o seu vetor. Essa diferença implica na diferença existente entre paternidade e filiação. Outra consequência diz respeito a qualidade do pai e para isso é preciso distinguir a soberania da função paterna decorrente da apelação genérica do Pai Simbólico da existência concreta e histórica do Pai Real. É de importância também o Pai imaginário que seria uma entidade fantasiosa. Sem esta o Pai simbólico não existiria. O Pai simbólico se refere a lei da proibição do incesto, e sendo assim, domina todas as regras palpáveis que validam as relações e troca entre os sujeitos. Como consequência disso, o pai simbólico seria apenas o depositário legal de uma lei, e será sobre o Pai real que realizará a lei como seu representante.
A determinação simbólica da lei supõe, então, uma negociação imaginária entre pai-mãe-filho, chamada de triangulação edipiana. Nessa triangulação, nenhum dos três consegue se discriminar, exceto quando aparece o falo, pois aqui há um desejo em relação a este. O Falo irá interferir na investidura do Pai simbólico a partir do Pai Real, por meio do Pai imaginário.
Essa triangulação edipiana só terá sentido a partir do falo, sua unidade fundadora, pois é essa unidade que irá fazer a diferenciação entre os sexos. Esse falo irá permitir ao