Resenha O pai e sua função em psicanálise

A partir dos quatro capítulos selecionados do livro “O pai e sua função em psicanálise” de Joël Dor, os quais são: I Introdução, II Natureza – Cultura, III Do homem ao pai e do pai ao homem e por fim, IV o pai real, o pai imaginário e o pai simbólico. É possível estabelecer a figura, representação e função do pai dentro da psicanálise. Função que por sua vez, constitui algo crucial na estruturação psíquica do sujeito em questão, assim demonstrando a função do pai diante do inconsciente. O autor irá trabalhar conceitos diferentes da noção de pai, o qual seria um operador simbólico a-histórico. Partindo de teorias de Freud e releituras de Lacan. Citando então, o pai real, o pai imaginário e o pai simbólico. E levando em consideração, a entidade paterna como uma representação simbólica necessária e também que nenhum pai é detentor, mas vetor na realidade. Nem todos são capazes de empenhar esse papel, ou mesmo empenhá-lo igualmente. Algo que está estritamente ligado ao desejo e por consequência, a linguagem, aspecto que pode revelar os pais melhores ou piores. Por isso, de tanta importância e requer qualidade. Suas funções agem diretamente na estruturação e identidade sexual. É preciso que se faça valer de ser representante dessa função de pai. Dessa maneira, haverá a triangulação dos desejos recíprocos, em que se reúnem comunitariamente: pai, mãe e filho. Momento que exigirá a existência do quarto elemento: o falo. Só por este quarto elemento irá constituir-se um parâmetro fundador de intervenção a posse do pai simbólico a partir do pai real, pela via do pai imaginário. O falo constituirá o centro de gravidade da paternidade. E na explicação de como o pai pode estar ao mesmo tempo fora de toda a história (a-histórico) e ser ponto de origem daquilo que a constitui, é utilizada a lei da proibição do incesto, a única maneira de distinguir o cultural e o natural em um homem. Tarefa difícil, porque apesar de o cultural ser visto com maus olhos por alguns