A filosofia e sua prática
O homem era um ser ignóbil antes do surgimento da Filosofia. Desde seu surgimento até os dias atuais, ela transformou-se inúmeras vezes, ora seguindo um víeis, ora outro, que aparecia para contrapor-se ao anterior. Mas o que está realmente acontecendo com a essa disciplina? A Filosofia, a qual é lecionada nas faculdades, surgiu nas ágoras gregas, que se constitui como o berço da Filosofia ocidental. Na Grécia antiga, a disciplina era produzida e discutida não por profissionais formados em Filosofia, com inúmeros títulos acadêmicos, mas por artífices, pescadores, desocupados, etc. Pessoas estas que queriam encontrar as respostas para solucionar este quebra-cabeça nebuloso que é a existência humana e os fenômenos da vida.
Contudo, na idade média há um aprisionamento do saber filosófico. Ela passa a ser domínio exclusivo do clero. A Filosofia então passou a ser praticada apenas por uma elite intelectual, que não queria compartilhar o conhecimento adquirido com as classes populares, praticando-a enclausurados nos mosteiros.
Na contemporaneidade, a Filosofia continua encarcerada, agora não mais nos mosteiros. As Universidades e escolas de ensino médio, nas quais a disciplina tornou-se obrigatória, lecionam Filosofia para uma pequena parcela da população, que detêm certa condição financeira para manter-se estudando. Assim, ainda que o contexto seja diferente, nota-se que o conhecimento, mesmo com o passar de anos, continua restrito.
Entretanto, percebe-se hoje em dia uma tentativa de externalizar a Filosofia, como por exemplo, através da obrigatoriedade de ensinar a disciplina em escolas do ensino médio, como já foi mencionado anteriormente. Essa medida tem como que abranja mais camadas da sociedade,
Difundir-se-á ou não o saber filosófico para todos? Esta é uma pergunta complicada, pois nem todos estão aptos para buscar a verdade. Desta forma, ocorreria então uma balburdia caso todos passassem a filosofar.