A fera de macabu
Nesta obra é relatado o mais trágico erro judiciário da História do Brasil, o autor mostra por meio de documentos, a trama criada pelos opositores de Manoel (chamado pelos jornais de: “a fera de macabu”), com o fundamento de levar o inimigo a um fim, a morte.
Sinceramente, o livro me deixou por de mais indignada. Um plano tão mal bolado e mesmo com os seus claros e óbvios defeitos, ainda assim, eles conseguiram obter o desejado, uma morte permitida pela legislação da época.
As deficiências das autoridades da época, a falta de profissionalismo, levaram aquele terrível acontecimento. Numa época em que o mundo já se preocupava em compreender e desvendar crimes, como o médico italiano Cesare Lombroso criador da antropologia criminal, no Brasil peritos, delegados, legistas, juristas e o próprio Imperador, deixaram passar várias oportunidades para reverterem a acusação de um inocente. Desde o momento em que as autoridades ficaram a par do acontecimento todos os fatos, que levaram a morte de Coqueiro, foram irregulares, ofensivas ao direito imparcial e justo.
As decisões e ações que foram seguidas a investigação, e durante ela, já apontavam para um réu em potencial, Manoel Motta Coqueiro. Não poderiam os doutores da época alegar, se fosse possível haver um debate com os juristas do presente, que a legislação não era clara e objetiva o suficiente, ou seja, que eles doutores e letrados, seguiram o princípio da analogia, em que na maioria dos crimes envolvendo escravos e colonos o mandante do crime eram os seus senhores.
Mesmo que isso fosse verdade, houve falta de imparcialidade dos juízes falta do seguimento da legislação, ampla defesa para com o réu e aprofundamento nas investigações, deixando um peso maior para um dos lados na balança da justiça. Primeiramente, havia a