Psicologia como ciencia
Foi em 1860 que Gustav Theodor Fechner publicou sua obra Elementos de Psicofísica, a qual, pela primeira vez, demonstrava como fazer medidas precisas de eventos e quantidades mentais e de que modo as quantidades psíquicas se relacionam com as físicas. Daí poder-se considerar o ano de 1860 como o do nascimento da psicologia experimental, porém, outros historiadores têm considerado 1879 como a data de nascimento da psicologia, por ter sido então que Wilhelm Wundt realizou, pela primeira vez, uma pesquisa para descobrir fatos novos no local que, provavelmente, foi o primeiro laboratório de psicologia experimental, na Universidade de Leipzig. A Psicologia é uma ciência que procura compreender o Homem, seu comportamento, para facilitar a convivência consigo próprio e com o outro. Pretende fornecer-lhe subsídios para que ele saiba lidar consigo mesmo e com as experiências da vida. É, pois, a ciência do comportamento, compreendida esta em seu sentido mais amplo. Vale ressaltar que comportamento é entendido aqui não apenas como reações externas, mas também como atividades da consciência e mesmo do inconsciente, em um plano indiretamente observável. Seu objeto tem variado ao longo do tempo e sua pré-história confunde-se com a própria história da filosofia. No sentido etimológico, seria a ciência da alma ou o estudo da alma.
Foi a partir daí que os gregos começaram suas especulações. Achavam que todo ser humano possuía uma contraparte imaterial do corpo, de onde provinham os processos psíquicos, dos quais o cérebro seria apenas mediador. Durante séculos, foi como estudo da alma que a psicologia existiu.
Rompimento brusco neste conceito se deu com o filósofo francês René Descartes (1596/1650), cuja teoria do dualismo psicofísico – distinção entre corpo e mente – impregnou as idéias da época que influenciou toda a psicologia posterior.
Descartes considerava que o comportamento animal era mecanicista, isto é, obedecia a ações