FERA DE MACABU TRABALHO
SETOR DE CIÊNCIAS JURÍDICAS
AMANDA GUIMARÃES PERTINHES
A FERA DE MACABU
PONTA GROSSA
2012
AMANDA GUIMARÃES PERTINHES
A FERA DE MACABU
Trabalho apresentado na disciplina de Direito Penal I. Professora: Angela Mongruel.
PONTA GROSSA
2012
Não muito depois da execução de Manoel da Motta Coqueira, em 1855, o imperador descobriu que seu ídolo literário francês, além de grande humanitário e de clara posição contra a pena de morte, Victor Hugo, estava empenhando uma campanha em favor da clemência de John Brown, um condenado à forca.
Tal notícia abalou profundamente os âmagos do imperador, tanto por dar destaque a Victor Hugo, um de seus escritores preferidos, como por fazê-lo lembrar de boatos de que Manoel da Motta Coqueiro, acusado de ser mandante de um homicídio coletivo hediondo, e, por conseguinte, acusado à forca, poderia ser inocente.
Refletindo a respeito, em tal momento de dúvida quanto à inocência de Coqueiro, o Imperador Pedro II, mesmo não cogitando considerar Coqueiro inocente, devidiu que nenhum homem livre seria enforcado no Brasil.
Em 1877, vinte e dois anos depois, encontrava-se com Victor Hugo, na casa em que este morava com um casal de netos, na rua de Clichy, marco da revolução na França.
Em outro cenário, Manoel da Motta Coqueira encaminhava-se, junto da mulher, Úrsula das Virgens, a uma semana de festas que giravam em torno do casamento do filho do fazendeiro José Carneiro da Silva, o poderoso visconde de Araruama, no Quissamã, na qual uma das principais figuras presentes seria o próprio Imperador Pedro II.
Duas eram as culminâncias relativas à viagem do imperador ao norte-fluminense: a presença política em Campos dos Goytacazes, capital informal do norte-fluminense e região singular em importância econômica e política; e a comemoração do casamento de Bento Carneiro da Silva com Rachel Francisca de Castro Netto, na fazenda Quissamã; o pai do primeiro era um grande