a Europa dos parlamentos
Enquanto na maioria dos países europeus se consolidavam as monarquias absolutas, alguns estados rejeitavam-nas convictamente. É o caso das províncias unidas, jovem e prospera republica mercantil, e da Inglaterra, pais onde o poder do rei era, desde á muito. Limitado pelos direitos dos seus súbitos.A república das províncias unidas era uma federação de estados com uma estrutura bastante descentralizada, o que multiplicava os cargos e as oportunidades de interferir na governação. Estes cargos eram disputados pelas famílias nobres como pelas famílias burguesas. Aos nobres cabiam, geralmente as funções militares, recaindo a suprema chefia dos exércitos, por sua vez as famílias burguesas dominavam os conselhos das cidades e províncias, sobretudo a orla marítima, onde a actividade comercial era maior. Era esta elite burguesa que assumia a condução dos destinos da província da Holanda e por via dela de toda a república.
Mais de metade da população holandesa era urbana. A sua nobreza era numericamente reduzida e comportava-se de modo menos tradicional. A maior parte da sua população pertencia á burguesia, liderada por poderosos homens de negócios.
Os homens de negócios dominavam conjuntamente a vida económica e o aparelho político institucional.
Papel da Burguesia na formação de uma “republica de mercadores” : a prosperidade da Holanda assentou em duas vertentes o incremento das actividades produtivas internas e o alargamento das redes marítimo-comerciais externas.
Ao poder centralizado do rei e à preponderância da nobreza, contrapunham as Províncias Unidas a descentralização governativa e o domínio da Burguesia. Nesta “república de mercadores” os interesses do Estado e do comércio uniram-se estreitamente.
Grothius e a legitimação da liberdade dos mares
No fim do sec XVI os holandeses irromperam decididamente pelos oceanos, depressa se familiarizando com as grandes rotas comerciais do atlântico e do