A estrutura das revoluções científicas
1570 palavras
7 páginas
Em “A Estrutura das Revoluções Científicas”, publicada em 1962, Thomas S. Kuhn causa o que se pode chamar de uma revolução na maneira de se pensar a ciência. O físico resolve deixar de lado os “quebra-cabeças” propostos por sua comunidade científica e se aventura em um outro mundo: a História da Ciência. Em seu ensaio, Kuhn cria o modelo de paradigmas, ou seja, o conjunto das teorias, as aplicações, os instrumentos e a área de estudo delimitada e compartilhada por uma comunidade científica, e o utiliza na tentativa de derrubar o até então consenso no mundo científico de que a ciência progrediu de maneira linear e cumulativa. Ao longo de todo o livro, o físico usa a ciência normal (aquela que fundamentada no paradigma estabelece os quebra-cabeças cuja comunidade científica procurará resolver baseada em problemas e trabalhos provenientes de experiências passadas) para caracterizar o fazer científico e justificar a existência de revoluções científicas, as quais ele define como a troca de paradigmas, a qual caracteriza as rupturas existentes e capazes de gerar o progresso. “A Estrutura das Revoluções Científicas” é dividida em doze capítulos nos quais Kuhn demonstra sua visão de ciência e tenta convencer o leitor sobre a existência e a troca de paradigmas, a partir de exemplos físicos, químicos e matemáticos, que ele julga terem sido dominantes (modelos) em um determinado período e que, posteriormente, acabaram superados por outros. Logo no início do ensaio, Kuhn conceitua ciência normal e paradigma. Ele também explica que a opção de uma comunidade científica em seguir um determinado “modelo” evita desacordos em pontos fundamentais e determina quais os quebra-cabeças – desafios – a serem descobertos pelo grupo. Porém na ciência normal, que segundo Kuhn difere a Ciência da não Ciência, delimita os resultados para os problemas com os quais os cientistas precisaram lidar. Antes mesmo de uma pesquisa ser iniciada, o cientista já conhece seu resultado,