A Essência Originária da Verdade - Heidegger
Resumo da obra Heidegger inicia o texto em questão retomando uma afirmação feita anteriormente, a de que “o conceito tradicional de verdade não é originário, mas nos remete a algo distinto”¹, e deseja descobrir em que dimensão ocorre tal afirmação. A partir desse questionamento, o autor chega à ideia de que a verdade tem seu lugar na proposição. No entanto, Heidegger logo em seguida nega essa tese, pois deduz que, se a verdade fosse de fato proposicional, haveria de residir no enunciado. Sendo assim, o autor conclui que “a verdade se funda em algo mais originário que não possui o caráter de enunciado”², e dedica os parágrafos seguintes à investigação de tal afirmação, tendo por objetivo alcançar a essência mais originária da verdade. Em seguida, Heidegger oferece uma prévia apresentação do método pelo qual pretende atingir tal objetivo. Ele afirma que, tanto a subestimação quanto a superestimação acerca dos conceitos pré-estabelecidos com relação a qualquer fenômeno consistem em maneiras deploráveis de tentar responder à questão. A partir daí, o autor coloca sua crença na necessidade de tentar apreender a essência de qualquer objeto ou fenômeno levando em conta as considerações já estabelecidas sobre eles, mas nunca confiando que se tratam de verdades absolutas. Antes de responder a questão, o autor investe na realização de certos esclarecimentos necessários à ascensão de seu objetivo. O primeiro esclarecimento refere-se à possibilidade interna do “ser junto a...”, o qual, segundo o autor, designa um modo conforme o qual o ser-aí é. A existência, de acordo com Heidegger, é um caráter exclusivo do ser-aí: “animais e plantas vivem; as coisas materiais, a ‘natureza’ em um sentido totalmente definido, subsistem por si; as coisas de uso são à mão”³, diz o autor. Isso porque o termo existência significa o modo de ser universal do ser-aí e o