A escrita social na escola: dificuldades do letramento na prática cotidiana
A ESCRITA SOCIAL NA ESCOLA: DIFICULDADES DO LETRAMENTO NA PRÁTICA COTIDIANA
INTRODUÇÃO
A alfabetização de jovens e adultos no Brasil sempre foi tratada como se tivesse menos importância em relação às demais modalidades de ensino. As ações voltadas para esta modalidade da educação baseiam-se, muitas vezes, em simples campanhas com objetivos fechados, como aprender a desenhar o nome ( o que aconteceu no MOBRAL) ou mascarar a taxa de analfabetismo existente no país. Até 1940 era considerada alfabetizada a pessoa que soubesse ler e escrever, mesmo que fosse ler e assinar o próprio nome, além de conhecer as letras do alfabeto. A partir desta época, passou-se a considerar alfabetizado aquele que soubesse ler e escrever um bilhete simples, no idioma que conhece.
Os altos índices de analfabetismo no Brasil estão associados diretamente a fatores econômicos, culturais, sociais e políticos. Um dos reflexos do elevado número de analfabetos é a classificação do país no Índice de Desenvolvimento Humano dos países em desenvolvimento. As cobranças internacionais com relação à elevação desse índice, têm provocado a intensificação das ações educacionais do Governo Federal quanto à alfabetização de jovens e adultos no Brasil. Em busca de soluções rápidas para o aumento do número de pessoas alfabetizadas, são lançados programas e mais programas de alfabetização nos âmbitos federal, estadual, municipal e comunitário. O imediatismo desses programas apresenta problemas como o estabelecimento da data de término do processo de alfabetização e a falta de preparação dos professores-alfabetizadores contratados, que muitas vezes, têm apenas experiência na alfabetização de crianças ou nenhuma experiência anterior como educadores. Percebe-se que sempre se iniciam novas ações, mas nunca se verificam os avanços, os