“A escola perante os desafios da sociedade de informação”
a) O que é a sociedade de informação? Como a podemos caracterizar? Vivemos a época da sociedade de informação, “na qual são amplamente utilizadas tecnologias de armazenamento e transmissão de dados e informação a baixo custo” (Meirinhos, 2000, p. 2), pelo que a alfabetização mediática, é a capacidade que o indivíduo tem para conseguir aceder à informação, necessitando para tal de competências técnicas, e processá-la, de forma crítica e reflexiva, servindo os seus interesses. De acordo com Tornero (2010), tal exige preparação do indivíduo, ao nível técnico e, também, ao nível cognitivo, cabendo à escola em conjunto com a sociedade, fazer a reestruturação do sistema pois, segundo Castells (2005, p.17) “a tecnologia não determina a sociedade: é a sociedade”. A reestruturação da escola passa pela integração de novas tecnologias e recursos, colocando os alunos - de forma cooperante, interativa, crítica e reflexiva – na construção do seu saber. Meirinhos (2000, p. 5), afirma que “cada vez mais nos transformamos em seres consumidores e produtores de informação digital”. Tejedor (2010), realça a função de emissor ou produtor de informação, pois devido à internet e às ferramentas postas à disposição, fica ao alcance de qualquer um produzir conteúdos. Esta massificação origina conteúdos de qualidade e outros que dela carecem, por vezes sob a capa do anonimato, pelo que, para Tejedor (2010), a “classificação” e “etiquetagem”, potenciam a qualidade, o que implica uma maior credibilidade e prestígio a um meio que ainda o não tem. Tejedor (2010) analisa a problemática da produção de conteúdos, apenas por dois prismas: o da informação e o da formação. Outros haveria a explorar. A informação caracteriza-se agora pela instantaneidade, produzida in loco, por cidadãos comuns e colocada imediatamente online, fornecendo, muitas vezes conteúdos para outros meios de comunicação mais