A era neoclássica
Alguns autores chamam o deslocamento do centro de preocupações de grande número de economistas de revolução marginalista porque a ideia central que o preside é o chamado princípio marginal. Os principais teóricos foram Willian S. Jevons, Carl Menger, Léon Walras e Alfred Marshall.
Walras preocupou-se com o equilíbrio geral e a interdependência de todo o sistema econômico e apresentou sua visão da economia em termos puramente matemáticos. Jevons recorreu também à matemática. Menger apresenta os mesmos princípios marginalistas em linguagem comum, deixando de lado a matemática. Já Marshall preocupou-se em fazer de seus ensinamentos um instrumento útil na prática.
O sistema de Walras pode ser olhado como uma tentativa teórica de mostrar a interdependência entre todas as variáveis econômicas e a possibilidade de equilíbrio entre elas, mas não como um resolutor de problemas práticos.
VALOR – UTILIDADE TOTAL – UTILIDADE MARGINAL
Os clássicos estudaram as relações de produção que surgiam entre as pessoas no processo produtivo. Trataram, portanto, das formas sociais do processo produtivo. Os marginalistas passam a estudar as relações entre as pessoas e a produção material e, portanto, entre as pessoas e coisas e não mais entre pessoas e pessoas através de coisas.
A principal preocupação passa a ser a alocação ótima de recursos entre fins alternativos. Isso é uma consequência da teoria da utilidade marginal e da teoria dos preços.
Bens econômicos são bens escassos e terão tanto maior valor quanto maior for sua escassez. Carl Menger mostra que a utilidade diminui à medida que aumenta a quantidade de determinado bem à nossa disposição.
No que diz respeito à distinção entre utilidade total e utilidade marginal, a utilidade total cresce, mas a uma taxa decrescente (os retângulos são sucessivamente menores). Esta taxa decrescente mede a utilidade marginal. O valor passa a depender do estado psicológico da pessoa ou da força de atração que cada