Notícias de uma guerra particular
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Através do cotidiano dos moradores do morro Dona Marta o documentário mostra a situação de violência nos morros do Rio de Janeiro. Não solucionando, não acusando lados, mas retratando a visão dos moradores do morro, por seus olhos e conflitos. A narrativa inicial do vídeo mostra o destino dado às drogas apreendidas. Todos sabem que existem os morros, os traficantes, suas crianças já tão pequenas e bandidas. Em um universo bem particular e diferente como é o dos morros, os “cabeças” do tráfico são quem administram o local. O documentário contrapõe a todo o momento fortes declarações de traficantes, policiais, moradores e crianças que aspiram entrar para a vida do crime. Relatam fatos de extrema crueldade e violência que presenciam quase todos os dias. Mostra cenas reais e impressionantes, como o garoto de dez anos que diz ter prazer em estar perto da morte, o policial que se orgulha em matar, e as crianças que sabem o nome de todas as armas. A discriminação também é um ponto forte do documentário, tendo em vista que o morador do morro é visto pela sociedade em geral como o possível delinqüente. Assim, é negada a ele a mesma oportunidade dos outros, fazendo então, que o morador entre para a vida do tráfico. Em determinado momento do documentário a polícia prende um garoto na favela e começa a levá-lo para cima do morro, e não para baixo. Mulheres seguem os policiais e uma delas explica que se elas não estiverem presentes o garoto provavelmente será assassinado. Os policiais mudam de idéia, e descem com o garoto, levando-o para um camburão. Os confrontos entre polícia e traficantes são freqüentes e fica evidente que os traficantes possuem acesso a armas mais modernas do que a polícia, onde algumas delas não são utilizadas nem mesmo