Noticias de uma guerra particular
O documentário é repleto de depoimentos feitos tanto pelos moradores, quando por policiais, traficantes e crianças que aspiram entrar para a vida do crime.
Algo que chama a atenção é a naturalidade que relatam fatos de extrema crueldade e violência que presenciam quase todos os dias.
Em um dos depoimentos um jovem afirma que rouba para alimentar a familia, e não tem intenção de praticar nenhum tipo de maldade com as pessoas. Quer viver normalmente como qualquer cidadão. O problema é que no meio em que eles vivem isso é muito difícil pois na favela o único “braço” do governo que entra é a policia.
Outro agravante é que enquanto num emprego comum o adolescente recebe 1 salário mínimo por mês, no tráfico essa quantia quadriplica ou até mais inclusive o chefe da policia civil da época confirma que para a situação deles é um grande negócio.
O tráfico de drogas emprega cerca de 100.000 pessoas no rio, ou seja, o mesmo número de funcionários da prefeitura. Isso faz com que as pessoas tratem o tráfico como uma empresa que oferece emprego bem remunerado e proporciona inclusive plano de carreira. Desde crianças esses cargos são desejados pelos jovens.
A discriminação também é um ponto forte nessa história. O morador do morro é visto pela sociedade em geral como possível delinquente assim, é negada a ele a mesma oportunidade dos outros. A pobreza limita, atrasa e as vezes impede o desenvolvimento profissional e intelectual dessas pessoas. Por outro lado tem a situação do próprio país, onde o índice de desemprego é alto. Dessa forma, fica praticamente impossível para um adolescente da favela competir por uma vaga em qualquer emprego com remuneração acima de um salário mínimo.
Sobre a própria guerra entre policiais e traficantes fica evidente que os traficantes possuem acesso as armas mais modernas do mercado do, algumas delas não são utilizadas nem mesmo pelo exercito, e outras eles compram dos próprios