A Educação no Estado Burguês

A Educação no Estado Burguês – Século XVIII.

As Revoluções Burguesas levaram a burguesia ao poder, classe social que emergiu no século XVIII e passa a edificar os Estados Nacionais. Contemporânea a estas, a Revolução Industrial trazem modificações importantes na vida social, política e econômica, urbanizando os países europeus, redimensionando o tempo da vida e produzindo uma nova organização do trabalho. É importante destacar também que neste período histórico há uma diminuição da influência da igreja católica em todos os campos sociais, inclusive na educação.

Juntamente com estas mudanças estruturais ocorrem também transformações políticas e sociais com a edificação do capitalismo, o fim do absolutismo, a afirmação de novas classes sociais e a difusão do Iluminismo, consolidando o que foi chamada de “sociedade moderna”.

Neste contexto a educação foi se racionalizando, estatizando, laicizando, cientifizando e ganhando novos objetivos. Todos os cidadãos do Estado burguês (homens, mulheres, membros da burguesia e da classe trabalhadora) tinham em tese acesso a educação, que agora também formava para o trabalho industrial. A educação religiosa e moral passam para a responsabilidade da família e ao estado cabe o ensino das novas ciências, das línguas oficiais e dos saberes úteis. A escolarização ganha um cunho ideológica e é vista como um caminho para mudanças sociais efetivas.

É importante lembrar, no entanto, que as bandeiras inicialmente levantadas pela burguesia no campo educacional: universalidade, estatalidade, gratuidade e laicidade, não foram totalmente colocadas em prática, principalmente para a classe trabalhadora que não teve acesso integral a este novo modelo educacional

A França pós-revolução tentou organizar alguns modelos educacionais que tinham como principais propostas uma escola que objetive a igualdade na formação de cidadãos, que desenvolva a capacidade do aluno, que priorize a ciência e que pratique a liberdade de ensino. Estes